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Foto do escritorGenival Dantas

Um conto que conto com imensa alegria, afinal é Natal








O Fato Sem Politicagem 24/12/2021



Como toda criança que nasce distante das grandes cidades brasileiras, principalmente aquelas de permanente ausência de recursos para participar de uma socialização atuante e necessária ao seu desenvolvimento cultura e social, mesmo porque em algumas regiões as carências são mais substanciais que outras, nesse caso o nordeste.



Quando ainda na minha infância eu via a luta incessante dos meus pais para conseguirem nos proporcionar uma educação como prioridade em seus objetivos, com o desejo de nos levar à outra margem de uma sociedade que tinha enorme dificuldade em transformar seus filhos em potenciais senhores de um futuro próspero e sustentável.



Aos poucos fui percebendo as muitas histórias que nos eram contadas, mas tinham uma mescla de realidade e fantasia, essa fantasia não era apenas para tornar os dias de secas, sertão paraibano, porém, tinha como finalidade humana de tanger para bem distante o sofrimento que era com os dias quentes, sol escaldante, ração regulada e água controlada.



Dentre as fantasias preferidas havia, em determinado período do ano, próximo ao seu final, a figura de um senhor de idade avançada, com suas vestes vermelhas, bonitas pretas, barba branca e um cajado dourado, montado em algum meio de transporte, não identificado para nós crianças, puxado por alguns animais diferente de todos utilizados na tração animal.



Era uma figura extraordinária que vivia para a bem-aventurança aqui na terra, trazendo a esperança aos mais pobres, com seus, tão sonhados e muitas vezes esquecidos pelo próprio velhinho bondoso, devido ao seu intenso trabalho em volta da terra, algumas vezes ele esquecia, pela própria idade, ou excesso de peso do seu saco de presentes.


O tempo passou, já em uma idade de adolescente me via assoberbado de tarefas, um universo de informações buscadas nas enciclopédias que corriam no imaginário dos estudantes como uma das poucas formas de tentar aprender o máximo, dentro daquele universo constituído de ideais, coragem, determinação e absoluta falta de recursos materiais.



Como uma um pequeno rapaz e apostando no futuro, trabalhei nos meios de comunicações da época, estou falando do final da década de 1960, pelas dificuldades de emprego no interior me desloquei ao ramo de farmácia, foi aí que me encontrei verdadeiramente, fui levado ao grande centro comercial pelas mãos de um maçom, a cidade era o Recife/PE.


Foi exatamente em uma tarde como hoje, dia 24 de dezembro de 1969, esse meu papai Noel de carne, osso e espírito de luz, me indicou para trabalhar em Capital fora do meu Estado Natal; dessa forma começou minha saga em direção ao meu desenvolvimento cultura e profissional, e a marca patente da maçonaria na minha vida.



Graças a essas situações mescladas de realidade, lirismo e fantasias, somos sempre levados para frente, desde que façamos por merecer, merecer só conseguimos quando usamos toda nossa capacidade de trabalhar, amar, ajudar, respeitar e acima de tudo fazer sempre com a certeza que não vamos ter vergonha de contar aos outros o nosso passado.



Hoje, sou um homem aposentado sem nunca ter parado, procurei sempre orgulhar os parentes, amigos e empresas por onde passei, sinto um orgulho muito grande dessa faceta da minha vida, fui desde balconista, vendedor, promotor de vendas, cargos de chefia exerci vários chegando ao gerenciamento em multinacionais e diretor em empresa própria.



Larguei o Rádio muito cedo, mas mantive o hábito da informação, da cultura e do meu apreço pelo meio que me viu nascer, hoje como jornalista continuo escrevendo, tanto minhas poesias como meus contos e artigos políticos e econômicos, estou terminando (31/12) o sexto livro de uma trilogia composta de 8 tomos, no final do próximo ano darei por encerrado.



Esse é o resumo do que sempre o foi o meu Natal, algo que se confunde com minha vida e meu desenvolvimento, espero continuar escrevendo, com toda responsabilidade, sobre a vida e suas verdades e fantasias, mas que nos faça feliz, assim como são felizes aqueles que procuram acreditar em algo que faço da nossa realidade um banquete de paz e felicidades.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista











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