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Foto do escritorGenival Dantas

A propalada PEC da excrescência vem dizimar o ponderável e o aceitável

Atualizado: 19 de abr.

















Velhos vícios, trapos remendados                   19/04/2024



O que vem ocorrendo é a absoluta falta de harmonia dentro dos próprios Poderes, agora o Legislativo aprova na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, a PEC que é lastro de inconsistência denominada de quinquênio, avançado, pois além de Juízes e Promotores outras categorias também vão ser alcançados no entorno do Judiciário, depois da relatoria do Senador Eduardo Gomes (PL/TO).

 

Há toda uma movimentação para que a nossa economia tenha pelo menos um ano de quase estabilidade, a área econômica tentando deixar os números bem mais próximos de zero, com uma conotação de rombo máximo e que seja entendido como o exequível dentro das possibilidades, um acréscimo de aproximadamente R$ 40 bilhões é para deixar qualquer cidadão perplexo na atual conjuntura.

 

O que há de pior dentro desse contexto é que é para prestigiar uma classe de respeitáveis cidadãos, considerados os bem mais servidos dentre os servidores públicos, que é a casta do Judiciário, agora esse penduricalho será expandido, além de ressuscitado, para outras categorias, tais como: Advocacia Pública da União, Estados e Distrito Federal, membros da Defensoria Pública, delegados da Polícia Federal, e, ministros e conselheiros de Tribunais de Contas.

 

Existe um grau de espanto generalizado, até mesmo o Líder do governo no senado, senador Jaques Wagner tem se manifestado contrário a essa PEC, parece até uma operação desmonte, tamanha é sua inoportunidade que o assunto trouxe entre situacionistas e oposicionistas, a maioria dos atuais políticos estão se vendo sendo condenados pela população como um todo e não apenas pelos servidores.

 

Considerar que 5% de acréscimo a cada 5 anos é um absurdo, poderíamos entender como normal para quem, efetivamente, venha com defasagens em seus rendimentos e no 5° procedimento teríamos, ao longo de 25 anos, um reajuste de 25%, não acumulativo, além disso, a realidade é outra, no final é mercantilizado, em uma economia estabilizada tudo bem, entretanto estamos em difícil jornada.

 

O governo tenta negociar com os servidores da área da Educação, reajustes salariais, outras categorias certamente virão com atitudes desse nível, nada mais justo que se ter uma negociação horizontal com todos os servidores, tentando atender uniformemente as necessidades prementes de todos; nunca defendi o governo do PT, nesse caso específico entendo que estão forçando uma situação.

 

É preciso entender que caso não prevaleça o bom senso todos sairemos perdendo, tanto os servidores públicos, assim como a iniciativa privada, a desarmonia leva ao caos, nesse momento de incertezas se faz necessário a ponderação e o equilíbrio para que o saldo não seja tão negativo, isso é que se espera de uma sociedade que se julga justa e perfeita nas suas atitudes e desejos.

 



Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista

 

 

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