Velhos vícios, trapos remendados 07/05/2024
Temos visto muitos arroubos e promessas de todos os níveis com soluções imediatas e ações quase que milagrosas, mas estou acostumado a atitudes demagógicas e eleitoreiras, sabemos que muita coisa vai ser verdadeiramente realizada como algumas ficarão apenas nas palavras ditas e não cumpridas, isso faz parte do mundo político, até nesses momentos incomensuráveis.
Há quem diga que o que o governo federal vem prometendo não será transformada em realizações para o RS, particularmente, acredito que boa parte do que foi prometido será revertido em fato e realidade, entretanto assim como ocorreu na tragédia anterior, no segundo semestre do ano passado ficará apenas na lembrança, pelo menos se for cumprido 50% ficará de bom tamanho.
Ocorre que tudo que foi perdido será difícil de solução imediata até mesmo no curto prazo, estamos vivenciando transtornos e perdas irrecuperáveis, na agropecuária, área mais sensível nesse momento, muitas lavouras sob as águas, principalmente do arroz que não foi colhido e o que foi, a maioria, está sob barracões submersos, se consolidando como perda quase que total, exceto o vendido e entregue.
Estou vendo o governo federal se movimentando no sentido de fazer importações de arroz de países vizinhos, para evitar especulação de preços junto aos atacadistas e intermediários finais. Não podemos esquecer que o governo conta ainda com os estoques reguladores, tanto para o arroz quanto de outros produtos tidos de primeira necessidade, isso faz parte do agro.
Outra situação que por mais que se busque soluções rápidas, não há como ter soluções imediatas, é o caso da logística, aqui caímos na máxima de Augusto, imperador romano: “apressa-te devagar”, há uma gama de fatores que devem ser comensurados, o principal deles que é o próprio tempo que tem que cooperar para a recuperação das estradas interligando cidades do todo o Estado.
Ademais, o momento é de salvar vidas, tentando evitar contaminações com o contato das águas represadas, uma epidemia agora seria fatal para aquele povo traumatizado e em estado de depressão por tudo que está sendo submetido, além do flagelo da natureza o gaúcho está sendo importunado pela presença malévola de marginais que estão assaltando casas e barcos salvadores, o que é profundamente lamentável.
Nesse momento de penúria há pessoas com instinto do diabo que se aproveita de uma situação de calamidade para tirar o que talvez tenha restado dos penalizados pela natureza. Tanto é que até o governador do Estado, Eduardo Leite, tem pedido para quem for fazer donativo prestar atenção ao digitar o PIX CNPJ 92958800/0001-38, oficial da campanha: SOS Rio Grande do Sul e a instituição do destinatário é o Banrisul. O Banco do Estado.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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