O Fato Sem Politicagem 03/02/2021
A história nos reserva informações as mais diversas possíveis, algumas que julgamos verdadeiras outras nem tanto, até mesmo estereotipadas, em ocasiões diversas nos limitamos apenas a observar a extensão e o alcance de certos dados. Quando se trata do planeta terra a mente humana é pródiga na sua criatividade, mesmo assim procuramos nos respaldar na historicidade narrada pelos mais claros e profundos pesquisadores que se nos apresenta.
Como é sabido o planeta terra em bilhões de anos existiu sem a nossa presença no seu meio, indiferente os conceitos de origem ou aparecimento do Ser humano, com evolução da espécie ou transmutação, não é o assunto do nosso texto. O que realmente importa é a presença do homem sobre a terra fez dela uma espécie de prisioneira dos caprichos humanos, transformando seu solo, inventando normas que sempre foram contrárias à conservação e preservação do seu ecossistema.
Essa aberração da própria natureza como animais em constante mutação, nunca foi ou seremos estáticos, como matéria viva, dessa forma, enquanto outros animais se protegem contra as intempéries da própria natureza, até mesmo dos perigosos ataques de outros animais, o homem, antes de qualquer princípio, procura atacar a própria raça não apenas para se defender, mas para demonstrar força e puder, na tentativa de impingir valores no sentido de amedrontar, acovardar, na clara tese de se impor pela força e tirar vantagem sobre os outros.
Ante essa narrativa fica evidenciado que a maioria dos homens não tem nenhum princípio ético, prevalecendo o lucro obtido em qualquer situação e sob qualquer pretexto, não importando os meios, o fim os justifica. Os últimos tempos têm sido demolidores para a integridade moral do homem, sobretudo no mundo político em que ele se enquadra e tem se aboletado para desenvolver seu projeto de vida, cada vez mais ambicioso e imoral.
O resultado das últimas eleições nos EUA trouxe um pouco de esperança aos mais preocupados com os destinos do nosso planeta, o novo presidente tem pelo menos demonstrado interesse de preservar, junto com outros países, com o que resta dos recursos naturais que ainda resiste aos incautos demolidores das nossas reservas. Com a posse das mesas administrativas das Casas do Congresso Nacional aparece uma ponta de esperança, até como lampejo, fazendo coro em benefício das nossas matas. Não podemos achar que tudo pode se transformar de imediato, porém é preciso que tenhamos fé e esperança naqueles que estão chegando e prometendo mudanças, muito embora o histórico das suas bases não seja nada animador.
Essa aliança formada pelo Centrão, bloco de origem dos dois presidentes da Câmara, Arthur Lira; do Senado, Rodrigo Pacheco já deixou marcas profundas na nossa vida pregressa, dentro da política nacional, essencialmente naquilo que se refere ao apoio dado por esse bloco aos governos anteriores, todos, sem exceção, foram beneficiados e até derrubados, quando o interesse dos seus integrantes falava mais alto que os compromissos com o Estado, isso nos últimos 32 anos.
Finalmente, o ano Legislativo teve início, cargos preenchidos, juras de amor feito, por todos os Poderes envolvidos, com a máxima de sempre, tudo pelo Brasil e com independência total dos Poderes, nada de subserviência, impecável até para ser real. Como sou radicalmente positivista, vou procurar acreditar mais uma vez que tudo pode se transformar, os homens e a sociedade administrada por eles.
Quem sabe, dessa feita, os rompantes do Bolsonaro não sejam reprimidos, a desavença dele com o Legislativo não demore um pouco mais para acontecer, que se tenha tempo de programar uma reação positiva dentro do Congresso, com a pauta das casas sendo corretamente preenchidas com uma alternativa do auxílio emergencial, mesmo que seja seguido o protocolo de “guerra” da pandemia da Covid-19.
As reformas administrativa e fiscal sejam definitivamente tiradas do papel, mantido o equilíbrio fiscal, sem transpor o teto de gastos, definitivamente, a vacinação seja um projeto nacional com vacinas adquiridas de vários fabricantes e distribuídas pelo Governo Federal, em comum acordo com os Estados e Municípios, sem a pieguice, politicagem, ou qualquer coisa rasteira, o Estado brasileiro é maior que qualquer ala ou político brasileiro; vamos e convenhamos.
Nesse momento é bom lembrar que a sensação de perda vem do espírito de posse, ninguém é propriedade de ninguém, vamos deixar claro que eleitor de cabresto é coisa de gente mesquinha, partindo desse princípio é melhor que os novos políticos se voltem para uma nova realidade universal, as pessoas são livres para agirem dentro da liberdade de cada um.
Pensando dessa forma, não acredito que o brasileiro, mais esclarecido que antes, venha fazer algum levante em prol de qualquer político que se sinta mito ou lenda, até mesmo pai e ou mãe da nação. Já passamos dessa fase de tamanha incompetência como cidadãos. Vamos acompanhar os fatos e emitir nossa opinião na proporção que as coisas forem acontecendo.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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