Velhos vícios, trapos remendados 03/03/2024
Não adianta fazer discurso em efemérides se o conteúdo é discrepante e inoportuno trazendo como sequelas todas as dissonâncias que uma nação pode passar, de forma contínua e com resiliência mordaz, assim é que ocorre com as jactâncias proferidas por quem se acha um grandiloquente e não passa de um aviltante analfabeto formal, grassando o ódio e a desonra sobre nossa gente.
Essas inanidades só podem ser proferidas por gente que tenta ser superior aos seus pares, sustentados pela inútil sensação de quem provoca aprouveres nos seus interlocutores, quando objetivamente cria uma cortina de ranço plasmado definitivamente na mente serena dos mais avisados, da incoerência constante nas narrativas delinquentes forjadas com palavras omissas.
É assim que se sente nossa gente ao fazer uma exegese depois de tantas travessuras, nunca antes feitas por tantos e inconsequentes respeitáveis senhores egressos de um mundo paralela ao nosso real espaço que nos cabe antes dos sete palmos que certamente seremos possuidores que que muitos sejam contra ao merecimento do descanso e a decomposição do corpo enquanto o espírito vagueia.
Enquanto isso, entra pelos canos das vertentes e sumidouros dos amontoados de pessoas que consideram, vilas, povoados, cidades, metrópoles e até megalópoles como seus ancoradouros, para que seus passageiros descansem das suas desditas lidas, a procura de se sagarem do emaranhado de incertezas provocadas pelos desarranjos materiais e intelectuais dos amarrotas e decrépitos incompetentes.
Na lasciva imensidão do desterro, local de muitos afetos ao alheio, lugar comum dos políticos e autoridades incompetentes, de tão nocivos à humanidade, palha sobre esses a certeza dos seus dolos, dessa forma e de forma amargurada se entrega à depressão virulenta, amargando os últimos instantes de vida, se essa é uma vida, vendo ao longe a escuridão e o frio reservado aos possuidores de almas penadas.
Assim é o final de uma tragédia humana, teve tudo para ser tudo por essa passagem, breve e tumultuada, faltou apenas praticar o bem, entretanto o materialismo falou mais alto, não teve compaixão, não se compadeceu, negou água e pão para os mais necessitados, forjou sua inocência e faltou com a decência, depreciou os amigos, parentes e até a paz universal, pelo vil metal desmoronou e partiu.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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