Novo governo velhas práticas 03/11/2023
A absoluta falta de entrosamento e independência entre os três Poderes faz dos nossos poderosos motivos de chacota pela população mais humilde e até daqueles que se autodeterminam de intelectualizados, tamanha a falta de apreço pelos ocupantes dos cargos mais importantes da nossa República, incluindo-se o Executivo, Legislativo e até o Judiciário, antes tido e havido como o suprassumo dos nossos Poderes, principalmente pela sua postura e dignidade.
O que vem ocorrendo nos últimos 5 anos é para deixar qualquer Nação esmorecida, tantas foram as distorções e os desalentos provocados pelas atuações dos Poderes constituídos que o descrédito na Praça dos Três Poderes passou a ser recorrente e sem nenhuma perspectiva de solução no curto ou médio prazo, essa situação piorou com o retorno da Esquerda brasileiro ao comando do Executivo, com apoio, quase que exposto, do Judiciário e em conluio com o Legislativo.
Quando eu cito conluio com o Legislativo entenda parte dele, leia-se Centrão, conjunto de congressistas, de vários partidos, formados em um único grupo para ajudar na administração público, com aprovação de temas, com origens no Executivo, com exigências de um quórum cujo número não é dominado pelo Executivo, o famoso dando que se recebe, em uma ginástica cujo prejudicado é simplesmente o erário público e ocupação de cargos privilegiados, por clientelismo.
A última tacado do Legislativo foi a decisão do Executivo de instituir uma GLO diferenciada, editada a quatro mãos, contando com a participação do presidente, Lula da Silva, e do ministro da Segurança Pública e Justiça, a figura emblemática de Flávio Dino, aquele que é mas não justifica sê-lo, o que tenta, a todo custo, ser ministro do STF, e ainda conseguir fazer seu sucessor na Pasta do seu ministério atual.
O governo tenta instituir uma operação de Garantia Lei e da Ordem (GLO), nos Portos de Santos, Rio de Janeiro, e de Itaguaí, ainda, nos Aeroportos do Galeão e de Guarulhos, com data de início e de termino, 04 de maio de 2024, ou seja, como o combate ao crime organizado tem prazo de validade e aceitação do próprio criminoso. A GLO do Lula é uma demonstração clara e evidente que é mais uma atuação reprisada, de governos anteriores, sem a menor chance de sucesso.
O que o Executivo planeja, por não gostar das Forças Armadas, é convalidar um exercício, tal qual foi recorrente no governo Bolsonaro, tentando arrumar funções para os militares que não lhes são de suas responsabilidades, isso são ações para a Polícia Militar, Civil e no máximo a Federal, incluindo aí a Polícia Rodoviária Federal. Só falta agora o Lula delegar ao seu ministro de confiança, o único, fiscalizar, também, os portos e aeroportos, além dos demais ministros.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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