Velhos vícios, trapos remendados 15/03/2024
Pela sua beligerância, José Dirceu sempre fará parte um Partido Político voltado para as controvérsias e de continuado progressismo vai ser lembrado entre os que tentam fazer de um Estado verdadeiro pátio de guerra. E o Brasil mantém a velha mania de tentar ser algo com memória curta, a recepção dada ao nosso elucidado, na antecipação de seu aniversário, demonstra bem essa característica, mormente aos que possuem os poucos dotados.
Podemos falar que o Dirceu não é o mais honesto dos políticos brasileiros, mas ele jamais será execrado pela comunidade Petista, por todos os motivos que o fizeram um protótipo da resiliência quando condenado em várias instâncias e por razões iguais ao do Lula da Silva, teve suas penas suspensas, e volta ao cenário político como um verdadeiro ídolo, aclamado por seus admiradores como se fora um verdadeiro mártir da Nação brasileira, mesmo que seja um engodo.
A plateia de mais de 500 participantes no beija mão da noite comemorativa aos seus 78 anos, podemos analisar como uma atitude bem pensada partindo da ideia que Brasília é uma cidade adormecida nos finais de semana, a festança no meio da semana, possibilitou a participação de muitas autoridades da política nacional, juntando em um mesmo espaço várias correntes e ideologias políticas, em uma demonstração que o nosso referendado continua vivo politicamente.
O que salta aos olhos é verificar que um descondenado seja bem aceito nas rodas de pessoas que fazem partem do momento político, mesmo não fazendo parte dos seus ideários, esteve presente no coquetel figuras como o vice-presidente da República, Geraldo Alkmin, o presidente da câmara Arthur Lira, ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha e ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Outras autoridades fizeram parte da relação de convidados que inicialmente seriam 300, chegando ao número de 500 participantes. José Dirceu mostrou sua robustez política, sendo inclusive, em rodas de conversas como um forte candidato ao comando do PT, nas próximas eleições, acredito até que ele possa vir a compor o próprio ministério de um novo governo Lulopetista, essa é uma prova inconteste que o crime compensa no Brasil.
O questionamento que fica é como fica a situação do STF (Supremo Tribunal Federal) patrocinador dessa situação esdrúxula com conotações de barafunda no Judiciário, levando nossa política ao caos total e o comportamento dos senhores ministros daquele Poder é que tudo podem, pois eles representam a última instância a ser recorrida, qualquer lambança fica por isso mesmo e a opinião pública que se dane, voltada para sua insignificância no ordenamento jurídico.
Vivemos um momento de total insegurança jurídica, um presidente da República, preocupado em recupera sua imagem depois das últimas pesquisas da opinião pública sobre sua gestão; temos um Congresso Nacional com verdadeira derrama de dinheiro provocada por congressistas que estão mais preocupados com a situações das finanças e a sucessão na Câmara e no Senado, por conseguinte o próprio Congresso; o judiciário nessa penúria moral já descrita.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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