O fato sem politicagem 27/12/2022
Nesse final de ano o Brasil vem se tornando o país das aberrações, nada mais estrambólico que uma transmissão de cargo com a participação de dois governos em marcha, o atual e o futuro. Tento explicar, mas é uma tarefa difícil para quem não tem alcance projetado nos meandros dos Poderes, entretanto é um assunto que assusta ambos os lados, situação e oposição, lados opostos por 72 horas, caso emblemático e difuso.
Quando verificamos futuros ministros já dando ordens de comando, solicitando favores ao Judiciário no sentido de suspender porte de armas de amanhã até (02/01/2023) certamente, prevendo algo negativo na posse do futuro presidente (meliante, Lula da Silva) outro pedindo ao atual ministro da economia, Paulo Guedes, para não prorrogar a isenção das cobranças de impostos nos combustíveis, fica evidente o que teremos pela frente.
O futuro presidente ficou enrolado na própria corda de 37 nós, refere-se ao número de ministérios projetados para o próximo governa, elucidando, 16 deles já feito reserva de mercado à locomotiva (PT) que carregará os demais vagões, agora de 2º e 3º classe destinados aos puxadinhos (partidos políticos) que farão parte desse trem da alegria com destino, novamente, à orgia financeiro do país, cujo final somente o grande arquiteto do universo poderá prever.
A dificuldade que o futuro presidente está encontrando na escolha dos seus ministros significa encontrar pessoas que possam ocupar cargos apenas pro forma, e basicamente em ministérios desidratados, ficando no núcleo do governo toda e qualquer decisão que envolva valores significativos, com anuência direta do todo poderoso mor da República, Lula da Silva, que não abre mão de ter um poste, mesmo sem luz, em cada posição de destaque.
Não seu se o ex-governador Sergio Cabral (RJ) depois de liberado pelo STF possa vir a ocupar algum cargo no futuro governo, amigo do presidente eleito o é, a quantidade de pessoas indicadas para assumir cargos, com processo em andamento ou não, é uma coisa espantosa, a começar pela figura principal do presidente eleito, não fora um arranjo político no STF ele ainda cumpriria pena na Federal em Curitiba. Dizem que quem tem padrinho não morre pagão.
O mais inacreditável é o outro lado da moeda, enquanto falamos do governo que virá esquecemos um pouco do que vai sair em primeiro de janeiro próximo, presidente Bolsonaro, ficou todo seu mandato atirando para todos os lados, combatendo seus inimigos ocultos e aparentes, parecia até o Jânio Quadros, quando proibiu a briga de galo e o uso de biquini nas praias cariocas, o Bolsonaro ficou preocupado com sinalizações nas estradas federais.
Os populistas são todos iguais, Getúlio Vargas, Jânio Quadros, Lula da Silva e Bolsonaro, costumam, ou costumavam medir os outros pelas suas réguas. Quando eu vejo, até mesmo amigos meus, preocupados com as pessoas que ficam ante os quartes, se sentindo defensores da Democracia e o silêncio reinante por parte de quem deveria lhes dar uma orientação, positiva ou negativa, sinceramente, sinto uma vergonha enorme dos falsos líderes.
Nos últimos dias, depois do encerramento das eleições, o presidente Bolsonaro, talvez tenha feito voto de silêncio, suas poucas palavras ditas de lá para cá transmitem um vazio imenso, uma sensação de ausência efetiva, uma mensagem de adeus como quem parte para nunca mais voltar, verdadeiro desrespeito aos seus seguidores que merecem pelo menos um até logo de gratidão, e no final virou um enigma, se entrega o cargo, ou se até mesmo se ausenta do país para não ser testemunha do seu próprio fracasso. Isso é um fato inacreditável!
Genival Dantas
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