O Brasil sempre foi o país dos compadrios, dos acertos realizados nas enxovias, os conchavos na calada da noite das políticas administradas por políticos, numa maioria quase que absoluta, de caráter duvidoso, onde a retidão toma rumos desconcertantes e seguem por caminhos perigosos, mas que lhes convêm.
O momento é de perplexidade, o brasileiro comum, pagador de impostos, tem colaborado com os males feitos da nossa República não totalmente alheio aos fatos, principalmente nos últimos 20 anos época em que a ausência de caráter no homem passou a ser uma marca de Poder e a saga dos mais inteligentes na voz dos coniventes com a putrefação moral.
É inconcebível não ter noção do que vem ocorrendo com a nossa política nacional, este ano de 2022 é um ano de eleição na esfera federal e estadual, para que ocorra es eleições nacionais os partidos políticos são patrocinados por verbas federais, não vou nem mesmo questionar quanto de dinheiro já foi usado anterior, neste ano serão no entorno de R$ 5.9 bilhões.
Se somarmos os recursos públicos do Fundo partidário, aproximadamente R$ 1 bilhão, mais a cota do Fundão Eleitoral, o orçamente de 2022 reservou R$ 4.9 bilhões, teremos um montante de R$ 5.9 bilhões. Esse dinheiro será rateado entre os partidos registrados e que tem direito ao fundo de participação, cuja divisão será por um processo previamente aprovado.
O que nos causa estranheza é que 33 partidos habilitados 31 tem dívida com a União e por alguns ajustes políticos não há cobrança efetiva dos valores devidos, correspondestes ao número de R$ 84,383 milhões. Se pelo menos os valores devidos fossem retidos dos valores distribuídos, seria menos vergonhoso, a impressão que fica é que o dinheiro do povo é dinheiro de ninguém.
Para surpresa geral, o maior partido, pelo menos em números de deputados e senadores, é pela quantidade de congressistas que os partidos são contemplados na hora da divisão do bolo. O PT sozinho deve R$ 23,656; o segundo colocado é o DEM R$ 6,504; o MDB aparece com R$ 6,379 e o PP deve R$ 6,259. Os demais devem numa lista decrescente. E o pior é que se trata de dívidas junto ao FGTS de funcionários, Previdência e Multas.
É muito triste verificar que alguns administradores de partidos políticos ainda fazem malversação com dinheiro público. O Partido Político funciona como se fora uma empresa, inclusive com CGC, tal qual qualquer empresa em nosso país, caso um empresário do setor privado ficar devendo para o fisco será detratado e humilhado, simples assim.
É inconcebível continuarmos com esse modelo administrativo que temos na estrutura dos Poderes, quando o gerenciamento é feito de forma que não há uma rigidez linear, até parece que há uma intenção de não se fiscalizar o que deveria ser fiscalizado, momento o que concerne ao próprio Poder público. Precisamos de alguém para colocar ordem no paiol. Pense nisso, nem retorno, muito menos continuísmo, vire a chave.
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