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Foto do escritorGenival Dantas

Não se carrega no alforge os axiomas políticos







O fato sem politicagem 29/08/2022



Quando a Rede Bandeirantes anunciou a participação dos principais candidatos ao Executivo nacional, em termos de preferência nas principais pesquisas: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Messias Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT, Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil) fiz questão de acompanhar o debate para poder constatar aquilo que eu já tinha certeza que seria a confirmação do abominável.


As três figuras principais desse circo mambembe, se colocando como verdadeiros protagonistas de um espetáculo dantesco, cujo enredo seria de muita profundidade não fora a ineficiência dos astros principais e aqueles que praticamente participaram como figurantes. Não mais assistirei outro debate, se ainda persistirem com esse tipo de apresentação nada esclarecedor para uma Nação que tem fome de informações objetivas e elucidativas.


Cada personagem teve o seu desempenho dentro de suas características já conhecidas do grande público, com extrapolação nos momentos de acirramentos. O velho Lula se manteve dentro da sua conduta, negando sempre o seu passado de sortilégios, como disse o Ciro Gomes, o encantador de serpentes, tentando ludibriar o telespectador, com informações falsas, de que era um homem reconhecido como puro, com atestado de boa conduta conferido pelo STF. Papel de sacripanta.


O Jair Bolsonaro se comportou como sempre assistemático, acreditei até que ele viesse com alguma proposta nova para o possível novo mandato, se eleito for, puro engano, a cantilena é a mesma, nada de proposta que seja condizente com um proposto a recondução ao cargo maior da República, ainda agiu como apedeuta, buscando o passado para ofender uma jornalista que estava trabalhando e um dos presidenciáveis, Ciro Gomes, desse último levou uma resposta à altura.


O presidenciável Ciro Gomes, esse incansável candidato ao cargo de presidente, não fora a sua capacidade de adaptação, participando de várias correntes políticas, atuando no governo Lula e Dilma, larga experiência no campo Executivo, porém não consegue convencer da sua figura maiúscula para exercer a presidência da República, fica sempre em uma faixa intermediária, precisa inovar se renovando. Pois tem bagagem e até bons propósitos, falta-lhe empatia e jogo de cintura.


Simone Tebet, a senadora que tinha tudo para alcançar o estrelato nessa eleição, tem capacidade intelectual, advogada e professora universitária, uma vida pregressa na política, invejável para qualquer postulante ao Executivo, porém, ela cometeu um pecado capital quando fez parte da CPI do Coronavírus, participando do time dos raivosos senadores que buscaram a queda do atual presidente, Bolsonaro, a qualquer custo, isso custou caro aos integrantes daquele grupo.


Luiz Felipe D’Avila, talvez esse pretendente não tenha avaliado o momento certo para buscar o protagonismo político, mesmo assim, teve um comportamento exemplar, sem ferir seus adversários, deu seu recado, suas palavras são passíveis de reflexão, é lamentável que ele não venha com apoio de outras siglas para impulsionar sua candidatura; ele precisa pregar suas teorias com bastante zelo para plantar suas ideias agora e quem sabe, buscar uma colheita no futuro próximo.


A Senadora, Soraya Thronicke, se apresentou com muita dignidade política, ela é objetiva e sabe bem o que deseja; vindo do Centro Oeste, vem embalada pela juventude de um partido recém-criado com a experiência de outros três, na companhia de figuras de destaque dentro do cenário nacional. Como ela debutou de uma forma até tumultuada, sua sigla tinha outros pretendentes que não deram conta de tocar seus projetos e ela com muita dignidade abraçou a causa.


Confesso que esperava muito mais, entretanto devo confessar que foi uma surpresa verificar o trabalho feito pelas candidatas de primeira viagem, porém mostrando que a mulher tem seu caráter batalhador, certamente para as próximas eleições é conveniente que os homens procurem ter uma postura mais próxima da resiliência delas, as mulheres, pois elas não surgem mais apenas “com açúcar e com afeto”, como disse Chico, mas com toda energia e tenacidade. Isso é um fato.




Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista













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