Velhos vícios, trapos remendados 01/03/2024
Há certos ditados que ficam bem próximos da realidade e do nosso dia a dia. Refiro-me aos dias atuais, desse começo de ano e início do mês de março, mês esse que representa o último para fechamento do primeiro trimestre, trazendo no seu arrasto o resultado do PIB, referente ao ano anterior, 2023, com um número até de certa forma surpreendente, 2,9% de crescimento, contrariando as expectativas.
Claro que esse resultado é aferido pelo bom resultado do agronegócio, o mesmo agro que durante o início do Governo Lula, foi menoscaba e comparado ao fascismo e são seus empreendedores que hoje continuam a dar sustentação positiva para nossa economia, cujo desenvolvimento nos últimos quarenta anos vem sempre tendo um crescimento médio de 2% anual.
É importante que se diga, esse crescimento é resultante do esforço do investimento privado, desde a monocultura até os grandes latifundiários, aliados a eles temos o destaque da Embrapa com seu apoio, principalmente na cultura do milho e soja, contamos ainda com alto grau de fomento do Governo Federal e todos seus presidentes que souberam apoiar o setor que sempre foi nossa tradição.
Mesmo que esse número favorável no setor do agronegócio, março traz em seu corpo a marca dos percalços e o setor sanitário e o mais tenebroso, desde o início do ano estamos sendo afetados com a sequência de a Epidemia da dengue, com números preocupantes, nos dois primeiros meses anteriores há registros de aproximadamente 1 milhão de casos, representando 5 vezes o registrado no mesmo período de 2023.
A marca supra representa também quase 60% dos registros do ano passado, constando que é o segundo maior número de relatos desde o ano 2000. O que nos assusta mais é a coincidência do aparecimento do vírus da Chikungunya, doenças respiratórias e o Covid-19. Essa incidência a própria população contribuiu com o resultado, o carnaval foi realizado com aglomerações e sem as precauções necessárias.
No plano político e econômico, o Brasileiro pode comemorar o surgimento, há 30 anos da URV, base do Plano Real, Governo de Itamar Franco, tendo como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e idealizado pelos fantásticos economistas, dentre eles: André Lara Resende, Pérsio Arida, Edmar Bacha, Pedro Malan e Gustavo Franco. Graças a Deus o plano foi repelido pelo Lulopetismo.
Devemos ressaltar que a Democracia que reinava foi a coluna de sustentação para que o plano desse certo, depois de tudo consumado para desespero da Esquerda malévola o ex-ministro da Fazenda, o genial Mario Henrique Simonsen disse certa vez: “A URV foi o mais genial e criativo invento de nossa história econômica”. O tempo ficou como testemunha ocular desse grande feito dos nossos heróis anônimos.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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