O Fato Sem Politicagem 30/11/2020
Nas 18 Capitais que realizaram eleições do segundo turno para prefeito, completaram a lista das 26 Capitais que tiveram seus vencedores no primeiro turno, juntando-se Palmas, Capital do Tocantins que não teria segundo turno por não ter mais de 200 mil eleitores (+1) conforme determina a lei. Como já vinha segundo determinado já no primeiro turno, o eleitor ficou esperto e se distanciou dos políticos que não usaram o pragmatismo consciente e objetivo e ainda fizeram uso do discurso dos negativistas, farto de proselitismo incoerente e superado.
Os números demonstraram quanto os que pregaram o campo político sem politicagem foram contemplados com adesão da maioria do eleitorado. Em algumas situações prevaleceram o nome e sobrenome de alguns candidatos, na hora do voto o eleitor, parte dele ainda usa o coração e a gratidão, mesmo que grande parte já venha usando a razão, conscientização política, ponderando pelo menos o razoável, separando o joio do trigo, na sua concepção, privilegiando com o seu voto àqueles que fizeram e farão, como perspectiva, pela sua cidade.
Mesmo que na política a vida se realiza como em um tudo de ensaio, verdadeiro teste laboratorial, nem tudo que para ser, é ou se perde numa análise mais profunda, mesmo assim, foi importante que o eleitor tenha evoluído tanto, a nova face do eleitor fará diferença quando as escolhas forem feitas para os políticos no âmbito mais abrangente e de ordem superior, com escolha para os Executivos Estaduais e Federais, assim como para os Legislativos Estaduais e o Congresso Nacional, que se realizarão em 2022.
Já foram levantados números que sugerem a perdas e ganhos nessas eleições que se encerraram ontem (29) ficando evidente o crescimento do Centro-Direita, até Centro-Esquerda, com perdas significativas dos Extremos, tanto da direita como da esquerda, nessa leva temos o presidente Bolsonaro com atuação bizarra no comando do seu governo, os candidatos por ele indicados ou lembrados foram derrotados, na maioria, quando não, tiveram vitórias sem muita relevância.
O segundo fiasco ficou por conta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois da tragédia que foi seu governo e sequenciado por sua sucessora política, com escândalos e traquinagens, aprontadas pelos seus escolhidos, ficou a lição para os futuros governantes e políticos de vários escalões, Municipais, Estaduais e Federais, a corrupção tem controle sim, só depende de quem esteja no controle da fiscalização, da Polícia, principalmente da Polícia Federal e do Judiciário sério e operante.
Apenas para lembrar os 10 partidos políticos que tiveram números relevantes neste ano, tanto para cima como para baixo, ganharam ou perderam em percentual de eleitores e comparando ao pleito anterior de 2016, vejamos: PSDB – 24,0/16,7%; MDB - 14,5/12,8; DEM - 5,5/11,9; PSD – 6,8/11,6; PP – 5,1/8,4; PDT – 6,2/5,2; PSB – 8,0/4,6; PL – 4,0/4,4; REPUBLICANOS – 4,8/3,6; PODEMOS – 0,8/3,3; PT – 3,0/3,0. Podemos verificar o PSDB, MDB, PDT, PSB e REPUBLICANOS, tiveram perdas, enquanto o DEM, PSD, PP, PL e PODEMOS, foram aqueles que saíram ganhando, ficando o PT com o mesmo percentual de eleitores de 2016.
Não farei nenhum comentário específico sobre os candidatos que saíram vencedores ou perdedores, cada um deve ficar com sua própria avaliação pessoal, por que seu candidato ganhou ou perdeu. Deixarei apenas minha impressão sobre poucos candidatos ganhando ou perdendo se apresentaram como prováveis figuras políticas nacionalmente. Dentre os ganhadores temos João Campos (PSB) uma promessa pela sua juventude e herança política; Bruno Covas (PMDB) herdeiro de extraordinário político, se não se perder pelo caminho se aliando a quem não deve deverá ter futuro político brilhante;
Guilherme Boulos representa hoje a nova Extrema-Esquerda, vem ocupando o espaço político do PT e do Lula, desidratados politicamente, em São Paulo e no Brasil, foi candidato a presidente da República e agora perdeu para o Bruno Covas, com discurso dos ganhadores, mesmo sendo da esquerda merece ser lembrado pela sua coragem e afoiteza, soube provocar e criticar sem ofender, faz a política como ela deve ser feita, é uma promessa do PSOL; outro nome da Extrema-Esquerda e que vem despontando em cada eleição é da Manuela D’àvila, não sei se ela ficará no seu PCdoB ou se fará voos mais altos, o partido é muito pequeno para os seus sonhos e capacidade.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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