Novo governo velhas práticas 05/09/2023
O combate à fome passa, necessariamente, pelos excluídos das ruas. Não adianta o presidente da República ficar o tempo todo, durante todo tempo, pregando aos quatro cantos do mundo o seu pensamento solidário e usá-lo como plataforma política, na tentativa vã de sua promíscua capacidade de encantamento de asnos, em terras devolutas, como sabemos a origem da sua tolice:” há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia.”
Essa frase tem sua origem em 1598, da peça Hamlet, significava um pedido de socorro, coisas da cabeça de um gênio denominado de William Shakespeare, a diferença é que hoje lembramos dela para não esquecermos da desprezível governança de alguém por não ter capacidade de administrar nem mesmo o sindicato das desventuras políticas, opera de forma lamuriosa um país como o Brasil, em pleno século XXl, um terço da sua população mergulhada na miséria e fome.
Não sei até quando vamos suportar levar essa cruz colocada em nossos ombros pelos Poderes constituídos, enquanto o Executivo tomado pelo desejo de ser admirado pelo mundo afora como se ele fosse digno de tamanho júbilo, enquanto isso o Legislativo toma conta da administração do país, fazendo negociatas, aprovando projetos em troca de cargos e emenda parlamentares, de forma absolutamente incongruente, para satisfação do grupo denominado de Centrão.
O Judiciário representa um arremedo do que fora no passado distante, a própria polução rechaça seus atos enquanto ministros, tomando posições em confronto direto com os dois Poderes aqui citados, jogando por terra o velho conceito que primava pelos Poderes independentes e harmônicos, porém esse é um assunto, de tão sério e cordato, merece um texto, até mesmo um livro, pois ele é profundo e requer análise de pessoas credenciadas no assunto.
À realidade é que li um texto no Jornal “O Estado de São Paulo, dessa data, página A5 (Espaço Aberto) do ilustre Advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, cujo tema é: “Da um teto é dever de todos”. Como tenho defendido a causa dos sem tetos, inclusive sou da opinião que o combate a fome passa necessariamente por essa gente, muitos deles certamente foram jogados nesse submundo por questões pessoais e sociais, podendo ser recuperados e tirados da sarjeta.
Para quem também luta pela ressocialização dessa gente indico o mavioso texto do Dr. Antonio, pela sua profundida qualidade humana e tecnicamente sublime, busque se elevar espiritualmente lendo esse tipo de texto que só engrandece o nosso espírito. Não sei se por procurar escrever sobre esse tema que estou sempre aguçado a caminhar por esses caminhos sempre repletos de pessoas desajustadas socialmente, mas de uma riqueza humana insuperável.
Graças a desgraça do Coronavírus, e a malignidade ocorrida como sua consequência, o Poder público passou a olhar essa gente, em condição de rua, como um ser humano digno de compaixão e solidariedade humana. No Estado de São Paulo temos o” prato bom”, trata-se de um local bancado pelo Estado e cujo local é oferecido pela prefeitura, com valores subsidiados, (café da manhã R$0,50; almoço R$1,00; e janta o mesmo valor, ou seja R$1,00). Uma iniciativa elogiável.
É uma pena que nem todos as cidades do Estado tenham esse tipo de prestação social, fica a indicação para os nossos deputados Estaduais, até mesmo aos candidatos para prefeitos e vereadores em 2024, usar como uma plataforma política, ganhando, fazer de conta que era apenas uma proposta eleitoreira, vamos ficar observando esse tipo de comportamento dos malandros que aproveitam determinada ocasião para iludir o povo do nosso país.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
留言