Novo governo velhas práticas 05/08/2023
Se fizermos uma analogia dos dois políticos que vêm comandando a política nacional nos últimos tempos, o Lula da Silva por mais tempo que o Bolsonaro, vamos admitir que eles muito embora sejam antípodas em termos de ideologias têm as mesmas características políticas de demagogos e populistas mesmo mantendo a equidistância dos seus valores representam, na mesma proporção, enorme perigo ao povo brasileiro por absoluta falta de sincretismo nas suas terias.
Temos situações distintas e polêmicas, ambos procuram se manter na ativa e na memória da imprensa e na mídia social, o atual presidente Lula da Silva leva alguma vantagem pela sua atividade junto aos seus colaboradores, principalmente, primeiro escalão, mesmo não entendendo de nada e em tudo opinando, como se entendido fosse, cria embaraços, outras vezes atrapalha tudo que poderia resultar em algo produtivo, assim vai vivendo de emoções negativas.
Enquanto isso, longe do Poder Central, alijado que foi na última eleição, Jair Bolsonaro, continua com um time de apoiadores, dos mais discretos aos mais fanáticos, fazendo ondas gigantes ou marolinhas, o fato é que muita coisa podia cair no esquecimento popular não fora a insistência maléfica que sua trupe insiste em mantê-la ativa até canhestramente falando, pois nem tudo que se julga favorável no meio do calor da diversidade poderá futuramente ser aproveitado.
Mesmo os mais pródigos e positivistas aliados do Jair Bolsonaro, tipo Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, tem dia de Carla Zambelli (Deputada do PL em crise existencial) é o caso das escolas rurais, pensada pelo governo paulista, para acomodação das pessoas em condições de rua e os desajustados viciados em tóxicos, vivendo na Cracolândia sem um futuro definido. Tudo bem que é preciso arrumar um presente e futuro para todos.
Não se pode sair imaginado coisas e querer implantar projetos imaginados sem os devidos cálculos para saber da viabilidade técnica e econômica tanto para o Estado, provedor do projeto, como dos envolvidos, como os viciados e sem tetos, mais ainda, dos que irão oferecer abrigo, mesmo financiado pelo governo, terá que abrir as postas de suas terras para desenvolver o projeto na sua plenitude, nesse caso, todos os envolvidos têm ciência da responsabilidade que lhe cabe?
Ajudando a embaralhar as cartas postas à mesa, o Judiciária, em sua marcha em direção ao Legislativo, quer de fato resolver o problema do tráfico, implantando uma quantidade mínima em posse de alguém para adotá-lo como apenas viciado, além dessa cota o sujeito passaria a ser considerado traficante. Essa designação é uma tarefa do Legislativo e não do Judiciário, a ele compete dizer se é constitucional ou não, essa invasão de prerrogativas é no mínimo criminosas.
O Brasil anda simplesmente violento, por várias razões, essas atitudes, um Poder querendo invadir o terreno do outro torna as coisas mais difíceis de serem entendidas, se cada qual ficasse trabalhando no seu espaço delimitado pelas próprias regras tudo passaria a ser feito de forma objetiva, coesa e respeitosa, tenho certeza, tudo andaria dentro dos prazos acordados e ainda sobraria tempo para se pensar melhor nos problemas mais aflitivos que ronda o cidadão.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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