Ainda acossados como estamos com a pandemia da Coronavírus recrudescendo em alguns Estados em fase intermediária, sem alcançar o pico da crise, portanto acreditamos que ainda teremos muitos mortos e infectados por todo Brasil, principalmente naquelas cidades que estão sendo pressionadas pelo setor econômico para a reabertura do comercia em geral. É preciso que se tenha responsabilidade, tanto a população como o Poder Público, ambos respondem pelos resultados finais dessa tragédia; tem que haver discernimento, objetivos traçados por todos os setores e diligência na execução das tarefas.
Isso posta, lembramos a presença de todos os setores será fundamental, desde o Clero com o apoio logístico aliado a trabalho operoso que vem fazendo os Pastores com seu reconhecido trabalho de ajuda espiritual e material aos mais necessitados, mergulhados que foram nessa fase negra da nossa história universal e só brasileira. Nesse momento de desequilíbrio emocional, decorrente da escassez de recursos materiais quando a privação eleva a baixa estima do ser humano, muitas vezes transformados em indigentes, moradores de ruas, deixando para trás o rastro da vergonha por conta das contas que não foi capaz de honrar, sem dúvida é uma tragédia de difícil esquecimento.
Temos que contar com as classes representativas, Juízes com sua clarividência na hora de julgar uma situação imposta pelos dramas do momento e a fragilidade humana, claro, sem ser piegas, mantendo-se dentro da compostura que é peculiar a essa casta. Na mesma linha nos reportamos aos Promotores, Defensores, Delegados, Policiais Civis e Militares e a própria Guarda Municipal, onde tiver, no zelo e orientação da população, muitas vezes desorientada. Não podemos prescindir da participação de toda Sociedade Civil, Educadores, Estudantes, Comerciantes, Empregados e Empregadores. Não podemos esquecer-nos dos nossos eméritos profissionais da Saúde, Médicos e paramédicos com sua tenacidade e laboriosidade no trato com o Ser Humano.
Certamente é chegado o momento em que a interação entre os três níveis de governos chegam ao lugar comum da objetividade, procurem renunciar ao orgulho que é inerente ao ser humano e se voltem à causa humana e coletiva, chega de vaidade, estamos superando a crise sem a participação de muitos que se achavam tudo e no fundo não fizeram nada e ainda atrapalhou quem queria colaborar com a causa humanitária. Faz-se necessário que o espírito político seja descartado, jogado fora e em seu lugar seja incorporado à alma serena da paz e harmonia. Se nos julgarmos soldados da causa justa, irmanados na benevolência que possui o Ocidental, Sul Americano e Brasileiro que sempre fomos não tenho dúvida alguma que sairemos vitoriosos no final dessa guerra inglória contra o inimigo oculto.
Nessa hora é preciso entender que não poder priorizar nenhuma corrente política, ou mesmo visarmos correntes ideológicas, o momento é de união, não há Direta, Esquerda, Extremas, Centrão, até mesmo neutros, teremos as causas, o Brasil saudável e recomeço de uma nova Era. Dificuldades superadas encarar pela frente grandes desafios – criar empregos, auxiliar comerciantes, empreendedores de qualquer grau, ajudar na recuperação do crédito de muitos abnegados indústrias e o parque indústria praticamente sucateado, consolar os órfãos e país na dor das perdas dos seus parentes mais próximos ou não.
Chega de ódio e desavença, deixe que a história julgue os eficientes e justos, não seja truculento tentando se superar pela força e o Poder, o tempo cobrará nossas atitudes e gestos, como assim fará com os demagogos, déspotas, corruptos e corruptores, coniventes com o crime, os perversos e malignos, onzeneiros e agiotas esses certamente serão lembrados por muitos anos, quiçá a vida eterna. Assim é a vida, se hoje temos Poderes Constituídos que nos envergonham devemos esse fato a nossa ausência de inteligência e capacidade de escolhermos nossos representantes no afã do imediatismo.
Partindo do princípio que imaginar não é pensar, muitos homens imaginam e vivem na ilusão de ser aquilo que nunca foram e nem tem capacidade de sê-lo, outros apesar de pensar, pensam rasamente, sem o cuidado ou zelo de se aprofundar nas causas e objetivos, nas nossas próximas escolhas devemos selecionar bem que vais nos representar em qualquer situação, vamos parar de errar por omissão, ou deserção, não podemos agir e esquecer na sequência a quem demos uma procuração para o exercício do trabalho público.
Além de sermos péssimos eleitores, temos uma classe política viciada em apropriação indébita, mormente com o dinheiro público, claro que ainda há algumas exceções, muito embora a maioria faz parte de pessoas que não deviam mais transitar por entre os corredores dos palácios, praticando crimes em gabinetes reservados aos homens sérios e honestos. Espero que essa tragédia venha nos livrar da banda podre da escória política que nos cerca. Você também é responsável por esse final, feliz ou não, acordemos, pois.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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