Novo governo velhas práticas 09/08/2023
É conducente informar que, até mesmo pela credibilidade do autor, devemos antecipar determinadas situações, em termos de esclarecimentos, em vez de deixar para o posfácio, facilitando o nível de interpretação do texto com as assertivas ideias durante o desenrolar da leitura, digo isso em consideração ao bom entendimento da história que normalmente escrevemos, muitas vezes de caráter enigmático, portanto, de muita aspereza na concentração.
Fomos invadidos, principalmente, pela imprensa mais à esquerda, por uma questão de ideologia na hora de emitir suas opiniões por parte dos seus jornalistas mais qualificados em sua redação, não só pelo balizamento e conduta cultural pelo longe tempo de experiência profissional, em momento de contumaz dúvidas quanto ao caráter dos adversários políticos, mesmo que esses tenham uma conduta ilibada e uma larga folha de serviços prestado à sua comunidade.
Estou me referindo ao governador do Estado de Minas Gerais, o pouco experiente político, mas um vitorioso empresário da economia privada, Romeu Zema (Novo) por uma falha na sua comunicação, tentou fazer um giro fez um giral, a intenção não foi ruim o que ficou difícil foi explicar ao meio político o pensamento separatista interpretado pelos seus opositores e até mesmo correligionários, pela falta de absoluto entendimento da mensagem.
O governador mineiro tentou aproveitar o momento político e conseguir trazer para o Sul e o Sudeste o protagonismo político que nunca tiveram, esse espaço foi normalmente ocupado, principalmente, pelo Nordeste. Há uma lógica nesse sentido, os grandes tribunos vieram de lá, os políticos mais notáveis, em termos de oratória também surgiram lá, por um motivo simples, a quantidade maior de congressistas nordestinos sempre buscaram o Direito como sua trajetória profissional.
Essa situação tem um erro de origem, o fato de os Estados serem regidos por um número de deputados proporcionais a um mínio de eleitores e como a quantidade de Estados do Norte e Nordeste é maior que o Sul, sudeste e Centro-Oeste, tendo ainda um limite mínimo e máximo de deputados por Estado, esse número nunca vai fechar. O Norte e Nordeste vão ficar sempre em maioria na Câmara Federal, quando em uma votação o Norte e Nordeste sempre levarão vantagens.
A Federação existe para que os Estados mais fortes, economicamente, em nome da harmonia e do apoio recíproco contra um inimigo comum prevaleça a força da união dos Estados reunidos. Não fora essa necessidade não haveria razão de existir a Federação. Acredito que essa diferença na hora das votações deve ser reparada para que não se crie barreira até imaginárias, derrubando por terra toda uma convivência e a alegria de existir dessa união convergente.
Os nordestinos e nortistas contribuíram bastante para que muitos Estados e cidades desenvolvessem de forma absoluta contando com a mão de obra desse povo. Tivemos no início as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, que usaram a mão de obra dos candangos e até hoje são gratos a eles, dizem até que São Paulo é hoje a maior cidade nordestina fora do Nordeste, pois para cá vieram e não retornaram mais.
Sou nordestino, morei em vários Estados da Federação, inclusive moro em São Paulo e já morei em Santa Catarina, apesar da ideia de “O Sul é o Meu País”, confesso que nunca fui tratado com indiferença por onde passei e passo. Acredito muito na pessoa que colabora sempre com a terra em que vive, como sempre atuei dentro do desenvolvimento, inclusive, atuando em rádios e jornais nunca fiquei preocupado com as diferenças que pudessem surgir.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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