Depois de 45 dias, acreditei que a borrasca já teria passado, ledo engano, a incongruidade permanece ativa para desencanto e desalento de muitos. Não podemos negar que o empenho do Presidente Bolsonaro tem sido motivo de inveja em muitos adversários seus e vários correligionários, se debatem para saber de onde vem tanta energia coragem e determinação, principalmente quando ele é instigado a falar, discorrer acerca do seu projeto de governo, o Presidente transcende todo grau de consciência.
Pois bem, Bolsonaro teve um acidente, esfaqueado, durante sua campanha eleitoral, por um assassino confesso. Foi levado a fazer sua campanha pelas redes sociais, pouco saia em busca dos votos nos locais convencionais para esse trabalho, nem mesmo aos convites para os tradicionais debates pela televisão ele aceitou, renunciou a outros convites produtivos naquele momento de distensão para um pós-cirúrgico ainda em convalescênça. Muitos duvidavam da sua capacidade de manter a preferência do eleitorado, pois seus adversários procuravam desmontar um projeto elaborado com alto grau de excelência e objetividade na sua pregação.
Caminhos percorridos, objetivos alcançados e contendores superados, a Presidência da República que era um objetivo a ser alcançado agora se transforma numa realidade, prêmio dos sonhos buscados com muita obstinação. O tempo passa tal qual a pressa dos sequiosos, seus sectários numa sensação de imbróglios transformam os próximos momentos, dias e mês, quase numa dicotomia, todos querendo acertar, poucos alcançavam seus intentos, uma verdadeira barafunda.
Ele, aquele tão criticado e de tantas previsões negativas eram desejadas, agora precisava fazer outra cirurgia, agora seria a corretiva para retirada da bolsa de colostomia que vinha acoplada ao seu corpo, produto das duas cirurgias anteriores. Era vista como um simples procedimento, tudo foi feito. Entretanto, teve um contratempo, infecção, corpo febril e pneumonia. Muita correria prorroga-se o tempo de internação, já há uma previsão de alta do hospital os preparativos são feitos.
Nesse ínterim surge uma contenda entre Carlos Bolsonaro, (Vereador pelo Rio de Janeiro – PSL) filho do Presidente Jair Bolsonaro (PSL), e o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, quando o primeiro acusou o Ministro de mentiroso por esse ter dito ter ocorrido uma conversa via fone, entre ele e o Presidente, essa afirmação foi condenada pelo Jair Bolsonaro, o caso se complicou, pois, havia uma situação criada pelas informações levantadas e acusativas ao Ministro, ex-presidente interino do PSL, partido pelo qual Jair Bolsonaro se elegeu, dava a entender que havia candidatos laranja no partido e na última eleição, esses tinham recebido dinheiro do PSL e poucos votos obtiveram, configurando, dessa forma, fraude eleitoral.
Como numa concupiscência indomável procurando apaziguar os envolvidos, muitos foram os aliados políticos, procuravam passar ao público que aquela era uma situação singular e inapropriada para aquele momento e no ambiente que sempre foi de paz e harmonia. A sequência foi de estarrecer qualquer ser humano, o Presidente apoia os atos do filho Carlos, alguns correligionários, com cargos de suma importância no Governo Bolsonaro, apoiadores oficiais da Base do Governo, deram guarida ao Ministro, agora menoscabo pelo seu chefe.
O encontro do Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno foi rápido e não conclusivo. A pendenga ficou de ser resolvida na próxima segunda-feira, 18/02, mesmo porque, aquele era o último dia útil da semana e havia uma desoneração em aberto.
O tempo fechou muitos contrários e favoráveis ao afastamento do Ministro, acredito que esse está sendo um final de semana de muita reflexão, sem qualquer convescote, independente do final do desfecho, as partes sairão perdendo. Depois de uma peleja ficam sempre o ranço, mágoas, principalmente quando no final não há um consenso. Porém, é consensual a todos os Brasileiros que mesmo a distancia dos fatos, preconiza o bom senso, trata-se de uma situação de difícil solução, indiferentemente quem esteja com a razão, se o Presidente ou seu Ministro e principalmente, o Carlos Bolsonaro que de um mero expectador, muito embora seja filho do Presidente, esse fato não o autoriza a provocar situações vexatórias com interlocutores, mesmo sendo mentira do Ministro o motivo da discórdia. Esse é um assunto de Estado.
Quando mais necessitamos do Congresso Nacional para aprovação dos projetos de cunho social e da Segurança Nacional, surgem às lambisgoias desmilinguidas deturpando o entorno dos Poderes constituídos. Para que novas intercorrências não surjam entre os poderes se faz necessário que os familiares do Presidente Bolsonaro, caso específico seus filhos, se contenham e procurem ajuda-lo da melhor forma possível sem, entretanto, se colocarem no caminho do pai, sem pitacos e ou outras avenças, de qualquer forma os trabalhos da semana entrante está no mínimo complicados.
Para que isso ocorra é preciso que o Presidente e os filhos tenham um comportamento precípuo, fazendo que a fluidez e lucidez dos trabalhos do Poder Executivo transcorram na paz e na harmonia dos anjos. Que Deus nos ajude.
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