Novo governo velhas práticas 21/08/2023
Quando um Estado do porte do Brasil fica sem um controle das suas nuances, objetivamente, denota-se uma incapacidade generalizada com altíssimo nível de perdas e danos em todas suas atividades, a tendencia é que a situação se espalhe tanto horizontal como verticalmente, atingindo os seus departamentos, setores, autarquias, passando pelo Executivo, Legislativo e o próprio Judiciário, se transformando em um elefante branco fugido da selva ou do circo.
A última semana foi daquelas que nunca vai terminar, começando pela área privada, tivemos o caso da atriz Larissa Manoela, jovem de 22 anos, até então tendo como seu empresário, os próprios pais, desde seus 06 anos, uma artista precoce e com razão fez a opção de ter com empresário seus pais por razões familiares e afetivas. O Brasil é surpreendido com a informação da própria arista que estava sendo enganada com atuação dos dois com desvio de finalidade.
A surpresa foi pelo fato, normalmente quem procura enganar os pais são os filhos, parte deles, inclusive, com o avançar da idade eles subtraem das contas bancárias, principalmente se o idoso é aposentado, ficando indevidamente seus valores de aposentadoria, transformando a vida dele, ou deles, em verdadeiro inferno, com privações e falta de conforto material. Esse tipo de informação já era do meu conhecimento, pois sempre me envolvi com apoio social em várias vertentes.
O caso da jovem Larissa Manoela foi surpreendente por se tratar de uma pessoa esclarecida, aparentemente bem organizada e uma vida afetiva familiar bem resolvida, não parece alguém vinda de um lar problemático e ponta de rua, o que nós denominamos de uma família padrão para os padrões brasileiros. Nesse momento eu lembro de um ditado antigo que dizia: “uma casa mal arrumada faz o cachorro miar de raiva”.
Aproveito a oportunidade para levantar o tema que sempre defendi é o cuidado que a sociedade civil e governamental tem que ter com aqueles elementos em condições de rua, normalmente eles não nasceram naquela condição de desajusto, muitas vezes foram até próceres, mas por uma situação de desequilíbrio emocional, ou mental, ele se joga naquela condição de miserabilidade, fugindo da sua própria condição humana, assumindo a postura de um mendigo.
No Estado de São Paulo algum iluminado, no meio de tantas trevas, alguém apontou e implantou o sistema de apoio social, com a construção de amparos noturnos, oferecimento de banhos, cama, até mesmo troca de roupas, em muitos casos, lavagem de roupas sujas, trazendo de volta um pouco de dignidade a esse povo totalmente desconhecido na sociedade em que vive. Outro caso importante foi o advento do prato bom, parceria do Estado e o município.
Já há uma inovação que merece ser citada, na Capital, a Associação Comercial, ajuda a montar um núcleo para atendimento de 600 pessoas por dia, trazendo àquela gente para o aconchego da dignidade e do amor fraternal. Esse tipo de exemplo é que deve ser seguido, inclusive pela classe política, na tentativa de tentar apagar os males feitos às comunidades mais carentes, portanto, mais prementes da solidariedade humana. Isso é um fato misericordioso.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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