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Foto do escritorGenival Dantas

Abundância e miséria, duas situações opostas e intoleráveis.

Atualizado: 19 de jan. de 2019






Após 17 dias do novo governo, muita coisa vem sendo apresentada, mostrando a concretude dos planos políticos dessa nova fase. Não se trata de uma avalanche de ideias novas, porém, as transformações, os quatro pilares basilares mais discutidos na campanha eleitoral, aparecem como resultados das pesquisas sobre nossa economia, política interna e externa, saúde e segurança pública. Ainda não é o sonhado, mas, é o mínimo que buscávamos para reabilitar a esperança e jogar para o passado todos os erros cometidos, se intencionais ou não, pelas administrações anteriores.


A economia vem sendo tratada com muita objetividade pelo ministro da economia Paulo Guedes, procurando abrir as torneiras de entrada das receitas e vedando e calafetando, cuidadosamente, os ralos de qualquer saída de recursos, com objetivo de transformar o saldo negativo em positivo das contas públicas tão dilapidadas nos últimos tempos. A primeira matéria que está sendo tratada é a reforma da previdência e com ela os problemas mais afetos a grande massa brasileira.

Alguns remédios anunciados estão sendo considerados muito amargo, entretanto, sabemos que não há enxurrada de água cristalina, não obstante, há de se avaliar cada questão a ser proposta para aprovação do Congresso, quando assim for necessário. Dentre elas há uma que merece acuidade maior para que não se transforme em injustiça, mesmo que ela não venha ser um direito adquirido, no caso da reavaliação no acúmulo de pensão com aposentadorias. É de se imaginar, esse assunto é direcionado aos viúvos e viúvas do nosso País.


Esses e essas já são vítimas de um pagamento, normalmente, corrigido com distorções desde a base, quando é feito os cálculos para estabelecimento da primeira retirada. Ademais, quando o ser humano, brasileiro, é aposentado, invariavelmente ele ou ela já está com sérios problemas de saúde, advindos do trabalho quando do seu período operativo, muitas delas incuráveis ou permanentes, com uso de carga medicamentosa, muitos dos quais sem distribuição na rede pública ou farmácias credenciadas, trazendo como consequência um dano brutal nos valores auferidos da aposentadoria minguada.


Apenas esse detalhe já é suficientemente elucidativo na defesa dessa causa justa, justíssima. Convém lembrar, grande parte dessa classe sofrida e marginalizada, no passado não tão distante, foi o sustentáculo da economia nacional com o emprego da sua mão de obra operosa, especializada ou não.

Hoje, esses esquecidos pelas autoridades competentes, ou incompetentes, dependendo do período, sobrevivem graças à benevolência dos filhos e parentes mais próximos, quando existem, na ausência deles a própria vizinhança se cotizam para ajudar aquele que vive no estágio de miserabilidade, depauperados e desmilinguidos. Nesse grupo de pessoas não há casta, mesmo porque não há privilégios do Estado para com ele. Não podemos tratá-lo como o caritativo, menos ainda inclemente.


Basta que ele seja sabedor do seu infortúnio, quando fizer a passagem terá, do poder público, a prefeitura, o empréstimo de uma urna funerária para transporte até o cemitério, quando será jogado numa cova rasa, compensação pelo que ele fez quando aqui esteve. Temos alternativas viáveis e menos penosas. Existem grupos de privilegiados assistidos com aposentadorias muitas vezes acima do teto permitido pelo Estado e nos três poderes constituídos, esses sim, devem ser alcançados e descontados de 20 até 60%, dessa casta sempre protegida e ausente quando se faz necessário à participação de todos para o bem coletivo, como se é planejado e difundido pela imprensa, ou mídia.


Quanto à política interna estamos vendo movimentações, principalmente, no Congresso Nacional que era tratado a brioche, enlevado em plumas e paetês, agora é respeitado como um dos Poderes Constituídos e como tal tratado dentro da sua significância, sem a política participativa onde imperava o famoso toma lá dá cá. Esperamos que esse lema seja mantido mesmo sabendo das dificuldades na troca de cultura e ideologias, primordialmente as nefastas.


Na política externa há um direcionamento e assim deve ser mantido, em busca da manutenção da Democracia plena, sem intervencionismo militar externo, na forma que foi dito pelo próprio Presidente Bolsonaro e o Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, quando da visita ao nosso País do Presidente da Argentina Mauricio Macri e comitiva dos exilados políticos contrários ao governo do Presidente Maduro, da Venezuela, tanto o Presidente Argentino como os exilados vieram em busca de apoio para solução do conflito interno do País Venezuelano, quando a grande maioria do Países das Américas não reconhecem a última eleição realizada e dada a vitória ao Presidente Maduro.

A saúde ainda não teve o acerto esperado, conclui-se que o resultado com nova determinação e política de operacionalidade seja implantado paralelamente ao caso da previdência, são assuntos que andam juntos, esperamos que, efetivamente, os dois casos tenham uma solução urgente e urgentíssima, são muitas vidas em jogo e dependentes dessas decisões.


Finalmente, chegamos ao campo do Ministro Sergio Moro, Segurança Pública. Esse é um assunto polêmico, envolve posse e porte de arma, Polícia e Justiça Federal, além da população como um todo. Além das providências que já foram tomadas, há a questão das quadrilhas operando de dentro das penitenciárias fazendo terrorismos, com escalada maior no Estado do Ceará cujos prejuízos já remontam a estratosférica soma de milhares de Reais, ainda, com perdas de muitas vidas, cujos prejuízos para as famílias dos inocentes mortos são incalculáveis, pois, vidas humanas não tem preço, portanto, incomensurável. Os resultados da seara do Sergio Mora só poderão ser aferidos e auferidos quando o resultado das primeiras providências for avaliado para sequencia das medidas.


Poeta e escritor

genivaldantas.com.br





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