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Foto do escritorGenival Dantas

A crise brasileira nos faz divagar entre a história e o kassabismo







Velhos vícios, trapos remendados          31/12//2024

 

A história política brasileira sempre foi feita de ceticismos e hospedeira de políticos de kassabismo aguçado, sem exceção de tempo e espaço, tramitando por entre sistemas, forma de governo adotada pelo Brasil, desde a época em que éramos colônia de Portugal, desaguando nessa condição de presidencialismo depauperado, aos trancos e barrancos indo em busca de um norte sem bússola.

 

Somos uma nação de miscigenação reconhecida mundialmente, mesmo assim temos traços de um povo preconceituoso e racista, por vezes somos sacudidos por preconceito racial, mesmo dentro do esporte mais popular que exercemos, que é o futebol, e do qual somos eméritos praticantes, tanto é que ostentamos o enigmático rei Pelé, o melhor entre os bons nesse esporte.

 

Os nossos políticos são fabricados ou idealizados por formadores de opiniões, muitas vezes surgidos do pensamento coletivo, normalmente orientado para defesa de uma classe, dessa forma, projetado no kassabismo, conceito do esperto que trafega em várias direções, em sentidos opostos, normalmente lutando sempre pela causa mais fácil e factível de ser vencida e que lhe traga louros.

 

Toda vez que nos aproximamos de um novo ano, lembro sempre, do quanto somos inconstantes e quão deselegantes nos comportamos quando se trata de fidelidade política, tivemos um Dom Pedro ll que era o próprio paradigma da verdade, protótipo da honradez e o alijamos do Poder, mesmo assim, ele não aceitou o prêmio de consolação de 10 toneladas de ouro ofertado pelo Brasil Republicano.

 

A história vem se desenrolando de forma cruel e desumana, tivemos um ditador ganancioso, Getúlio Vargas; nos apareceu um eclético e soberano Juscelino Kubitschek, verdadeiro idealista, estadista probo; em compensação começa a surgir no nosso estrelato político os populistas demagogos, aparecendo um intelectual, porém fraco e incompetente, Jânio Quadros, tendo renunciado acreditando que retornaria nos braços do povo, ledo engano.

 

De lá para cá muitas decepções com a presença do Comunismo sempre tentando se apoderar dos nossos Poderes. Surge então o prepotente, Fernando Collor de Mello, afastado pela incompetência; surge no horizonte, Dilma Rousseff, um poço de incongruência; aparece o capitão, Jair Bolsonaro, o inconsistente mal-acabado; finalmente, o que surgiu das trevas, depois de 20 anos, nos  trouxe ao inferno astral, se transformando nesse despautério de governo esdrúxulo.

 


Genival Torres Dantas

Poeta e Escritor

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