Velhos vícios, trapos remendados 07/03/2024
Sou migrante em Ribeirão Preto, antes de aqui aportar praticamente morei em várias regiões do Brasil e permaneci em muitas cidades do Estado de São Paulo, tudo em decorrências de razões profissionais, além de ter um vasto currículo militando na área comercial e de marketing, fui executivo no segmento médico hospitalar, passando por vários cargos e funções.
Além de conhecedor do setor industrial, atuei no seguimento de comunicação principalmente em Rádio e Jornais. Como empregado fui Caxias, sempre me postei dentro daquilo que a profissão me exigia, como empregador fui um exímio pregador da coragem e do dinamismo que sempre impera dentro do planejamento do empreendedor e sua rotina complexa.
Ademais, também contribui com a sociedade civil, tendo participado dela como militante político, inclusive, operando como dirigente de partido político para que eu pudesse escrever sobre os assuntos que acha relevantes e para tanto teria que ter conhecimento de causa, cheguei até a usar pseudônimos para não misturar minha vida pessoal com a profissional, até chegar à minha aposentadoria e assumir meu lado jornalístico.
Aqui estou em Ribeirão Preto, cidade que adotei para meu merecido descanso, pois há muita relação com esse espaço consagrado aos executivos passados e presentes e que ajudam a vê-la sempre dinâmica e progressista. Um dos fatores que colaboraram para aqui ficar, foi a relação da cidade com a educação dos meus filhos que aqui estudaram e a necessidade de ter uma assistência médica compatível.
Pois bem, como escritor fui sempre um jornalista combativo, procurando vasculhar o lado positivo e negativo, por onde passei. Encontrei em Ribeirão Preto um vasto material para ser explorado e tentar ajudar a melhorar o que poderia ser melhorado e conservá-lo dentro de uma realidade com um futuro mais brilhante possível. Sendo, hoje, meu aniversário natalício resolvi fazer um desabafo, porém elucidativo.
Sou um visitante assíduo da Praça do Canhão, que liga a Av. treze com a Castelo Branco, um espaço memorável, pela sua localização e presença constante de gerações diversas, com presença de crianças, da juventude, famílias acompanhadas de seus cachorros e pessoas, assim como eu, da terceira idade, todos em uma convivência aludida ao primor da cordialidade.
Em outra oportunidade já escrevera um texto sobre esse espaço público, despertando o leitor para o pouco caso que é dado a essa Praça pública, quando as autoridades insistem em trata-la como algo de menor valor, no seu cuidado e manutenção preventiva e corretiva que merece qualquer espaço onde se possa transitar sem a preocupação com o risco de acidentes físicos.
Depois do meu texto, certamente não foi provocada por ele, foi realizada uma obra parcial, fazendo algumas correções no piso que estava a merecer um trabalho de correção primoroso. Infelizmente a obra foi apenas de manutenção corretiva, ficando boa parte do seu interior e entorno por ser feita, sem menoscabar o que foi feito, porém é preciso que se retorne à atividade e se faça o termino da obra.
A completude é tudo que se espera de uma administração propositiva e responsável, sei que o momento é de seletividade, por toda cidade se verifica obras diversas, entretanto há aqueles que merecem o sentimento de apreço pela comunidade nela envolvida, sou, nesse momento, porta voz de uma classe que praticamente não tem voz, o da terceira idade, que merece um pouco mais de apreço.
Fazemos parte de uma geração que contribuiu com o município em todos seus tentáculos, fazemos parte de uma comunidade, apesar de aposentada, continua dando sua parcela de contribuição para as próximas gerações futuras, não estamos pedindo privilégios, apenas o direito que nos assiste de reivindicar o que é justo, quando todos se beneficiam dela, é algo simplesmente razoável.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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